Grupo de Apoio aos Doentes Alcoólicos Tratados e Abstinentes

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Parte III = Aceitar é duro mas libertador.

Durante algum tempo procuraram soluções que não implicassem o internamento.
Todas falharam.
Um dia, numa discussão acesa, Nuno foi agresssivo e o pai, de cabeça perdida, mandou-o sair de casa.
"Vagueei toda a noite, fui para a linha do comboio e pensei que o melhor era terminar com aquele sofrimento de vez.
" Não o fez e acabou internado numa clínica de desintoxicação. " Ao princípio, achei que não pertencia ali.
Afinal, estava rodeado de alcoólicos, toxicodependentes, jogadores, pessoas que tinham roubado e feito coisas imagináveis para alimentarem a dependência, e eu não era assim.
Mas, passado pouco tempo, compreendi que talvez fosse o mais doente de todos.
Aceitar é duro, mas é altamente libertador.
Foi a partir daí que me conheci como ser humano".
Nuno Rodrigues tem 36 anos, é um empresário de sucesso, e não bebe há dez anos.
Ainda hoje, quando passa pela casa onde reaprendeu a viver comove-se.
É a minha casa, sinto que pertenço ali, que foi onde me encontri."

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